A Melatonina é uma hormona produzida pelo Intestino durante o dia e durante a noite na Glândula Pineal no cérebro. A sua secreção está directamente relacionada ao ciclo dia e noite. É um poderoso antioxidante e tem papel fundamental na regulação do estado sono/vigília. Também do ritmo de vários processos fisiológicos, participando do controle do relógio biológico nos seres humanos. Ressalta-se que há evidências da sua acção no sistema genital feminino, influenciando assim a função dos ovários e a fertilidade. De fato, esta hormona interage com esteróides sexuais, como o estrogênio, modificando desta forma a sinalização celular e a resposta no tecido alvo.

Esta hormona que regula o nosso sistema cronobiológico, o ritmo circadiano, tem influência na formação de células adiposas e no tipo metabólico. Como resultado favorece a geração de células castanhas, que são excelentes queimadoras de gordura e energia.

Há também outras fontes produtoras desta hormona que também são importantes. Na retina, corpo ciliar da íris, glândulas harderianas e lacrimais, linfócitos, intestino grosso e em menor quantidade noutros locais. Essas outras fontes teriam contribuição mínima para a concentração plasmática da melatonina. Porém, seriam importantes para a acção local na qual foram produzidas. Salienta-se que o ritmo circadiano e a grande concentração nocturna dessa hormona são determinados pela síntese da Melatonina na pineal.

Existem vários momentos importantes de produção de Melatonina. Sendo que o primeiro será por volta das vinte e trinta,  hora em que o Sol começaria a desaparecer.

O que acontece é que perdemos essa primeira oportunidade de iniciar um sono reparador. Pela razão de que quando devíamos estar a dormir em perfeita escuridão, estamos a ver televisão ou no telemóvel. Sem saber-mos estamos a enviar um sinal ao nosso cérebro de que já é dia, toca a acordar.

Isto para não falar das  pessoas com um ritmo circadiano alterado (trabalho por turnos por exemplo), ou que dormem um número de horas insuficiente. Daqueles que têm exposição a luz artificial até tarde nos seus empregos também terão a produção diminuída.
 
Todos os ecrãs emitem uma luz azul, que não se vê mas que está lá, luz essa que tem a capacidade de sinalizar no nosso cérebro que está na hora de interromper a produção desta hormona tão importante.

Talvez fosse boa ideia deitarmos mais cedo, desligar a televisão que está no quarto e deixar de ver emails momentos antes de dormir.

Bem Hajam

Álvaro Anjos
 
Referencias:
Link;
 https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/jpi.12089
 
 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.

12 − four =